Semana Mundial da Amamentação quer incentivar aleitamento materno

Saúde infantil

Publicado em Entrevista & Opinião no dia 01/08/2017

A Semana Mundial de Amamentação que começa esta terça-feira e vai até 7 de agosto tem como objetivo encorajar o aleitamento materno e melhorar a saúde dos bebês em todo o mundo.

Mais de 120 países participam dos eventos e celebrações que neste ano têm como tema "trabalhando juntos para o bem comum".

Expectativas

Várias agências da ONU estão envolvidas nessa iniciativa, como por exemplo a Organização Mundial da Saúde, OMS e o Fundo para a Infância, Unicef.

Para saber mais detalhes sobre a expectativa e sobre as dificuldades no processo de amamentação, a ONU News foi conversar com duas colegas que trabalham nas Nações Unidas Ana Carmo, cujo filho está com 11 meses e Leda Letra, cuja filha ainda não tem um mês.

Qual a importância do apoio das pessoas que estão perto da mãe neste momento inicial?

Ana Carmo responde: "Olha, acho que há sempre muitos desafios na amamentação. No início, existe um período de adaptação tanto da mãe como do bebê. Na minha opinião, é importante esse período, ser de apoio à nossa volta para a mãe não se sentir totalmente desamparada nessa nova caminhada. No meu caso correu bem. Eu tive algumas dificuldades no início e queria muito amamentar. Então, não sei também se por trabalhar na ONU, você vai ouvindo todos os dias a importância da amamentação, do leite materno, a importância para o crescimento da criança. Eu era um pouco teimosa e sempre dizia: ‘Isto vai funcionar, de um jeito ou de outro, vai acontecer’. E aconteceu até agora!".

Poderia nos falar sobre o processo da sua adaptação e da sua filha, nesse início da amamentação?

Leda responde: "Pois é, eu estou com uma bebê recém nascida de menos de um mês e a minha expectativa era aquela que a gente vê nas revistas e nas redes sociais da mãe plena, super calma, amamentando o bebê. Aquela cena super bonita, que a gente está acostumado a ver na televisão e a realidade, pelo menos para mim, por enquanto, minha bebê é muito novinha e a gente ainda está aprendendo tanto eu quanto ela, mas a realidade foi bem diferente. Depois, com o tempo, a gente veio para casa e agora ela está um pouquinho maior e então agora é que a gente está começando a ter um melhor ritmo, ela está pegando melhor na amamentação e está se alimentando melhor."

Sacrifício

Fazendo uma comparação, sentiu uma melhora desde o nascimento do bebê até agora?

Leda Letra responde: “Com certeza. Já vejo uma grande diferença desde o dia em que ela nasceu até agora. Mas, eu acho que é importante continuar tentando, que é um dos primeiros grandes sacrifícios que uma mãe faz pelo seu filho. Nesse momento, minha filha não tem as vacinas ainda, ela só vai tomar com dois meses. O meu leite é a única fonte de anticorpos para ela, a única maneira que eu posso protegê-la é amamentando. Então, por mais que não esteja sendo tão fácil para mim neste começo, é um sacrifício que a gente tem que fazer pelo bem-estar do bebê.

Benefícios

Segundo a OMS, o aleitamento materno é uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência dos bebês.

A organização diz que se toda criança no mundo fosse amamentada desde o nascimento até completar os dois anos de idade, 800 mil vidas seriam salvas anualmente.

Os especialistas da OMS afirmaram que os benefícios se estendem também às mães. Entre eles estão um método natural de controle de natalidade, apesar de não ser 100% garantido, assim como a redução dos riscos de câncer na mama e no ovário, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto.

Fonte: Edgard Júnior, da ONU News

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