07/02/2017 | Fonte: ONU Brasil

PNUD premia projetos que usam tecnologia para cumprir os objetivos das Nações Unidas

PNUD premia projetos que usam tecnologia para cumprir os objetivos das Nações Unidas
Foto: PNUD/Natalia Torres

Mais de 1,3 mil programadores, desenvolvedores e designers se reuniram em São Paulo, dos dias 1º a 4 de fevereiro, para buscar repostas tecnológicas aos desafios da Agenda 2030 da ONU. Ao final dessa maratona criativa, chamada The Big Hackathon e realizada durante a 10ª edição da Campus Party, três projetos foram reconhecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A partir da pergunta “Por que supermercados deveriam pensar em vender produtos vencidos ou próximos ao vencimento?”, a equipe do projeto Best 4U desenvolveu um aplicativo que informa, de maneira colaborativa, quais alimentos ainda estão aptos ao consumo, mas já próximos de terem a validade vencida.

Segundo os idealizadores do software, o objetivo é gerar economia para os consumidores, promovendo o consumo consciente e responsável, tal como previsto pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 12.

“Eu estava em um supermercado recentemente e vi os funcionários recolhendo os produtos que estavam próximo ao vencimento, já que não podiam ser vendidos. Daí veio a ideia de produzirmos um aplicativo colaborativo que conecta consumidores com produtos que ainda podem ser consumidos, com um preço menor”, explica Ítalo Alberto, um dos responsáveis pela iniciativa.

O PNUD avaliou as propostas em três categorias — adesão à Agenda 2030 e aos ODS, sustentabilidade financeira e solução tecnológica. “Com certeza o reconhecimento do PNUD foi fundamental para levarmos a ideia para frente”, acrescentou o desenvolvedor.

Outro trabalho que recebeu menção honrosa do PNUD foi o projeto Health4U. A equipe criou um aplicativo que conecta pacientes com médicos. Quando uma pessoa procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) e não encontrar um profissional para o atendimento, o programa informará em que local há médicos disponíveis para consultas, de forma gratuita. A proposta contempla mais diretamente os ODS nº 3 — saúde e bem-estar — e nº 17 — parcerias e meios de implementação.

“Os médicos do Brasil se cadastrarão e oferecerão uma hora da sua semana para um atendimento voluntário em seu consultório, clínica ou até mesmo em casa. Assim, pretendemos diminuir o fluxo do SUS e ajudar o Sistema a se manter ativo no período de crise econômica”, afirma o desenvolvedor Carlos Eduardo Vecchi.

O terceiro projeto premiado, Teto Verde, apostou na construção de telhados com hortas orgânicas para espaços corporativos. A ideia é renovar ambientes coletivos e incentivar o consumo de produtos orgânicos. A iniciativa se relaciona diretamente com os ODS nº 7 — energia limpa e acessível —, nº 11 — cidades e comunidades sustentáveis — e nº 13 — ação contra a mudança global do clima.

“Participar da maratona The Big Hackathon veio para mostrar o quanto de impacto social causamos com nosso negócio. Quando começamos a entender os ODS, compreendemos que atingimos vários objetivos, e isso para nós é o mais especial”, contou a idealizadora do Teto Verde, Edileusa Andrade.

A maratona hacker teve mais de 750 participantes. Ao longo das cem horas de duração, 300 mentores colaboraram com as 50 equipes para abordar a Agenda 2030 da ONU. Cinquenta voluntários também participaram do evento. Essa foi a maior maratona de programação já feita no país, tanto na quantidade de participantes quanto no tempo de duração.

Ao final, 20 projetos foram selecionados pela banca de jurados. Três deles receberam menção honrosa do PNUD por aderirem, de forma transversal, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“A chamada da Campus Party é para que os jovens sintam o futuro. Com a experiência da maratona The Big Hackathon, o chamado foi para que os jovens se empoderassem do seu presente para que possamos todos construir um futuro melhor. Unindo inovação, criatividade e tecnologia, foram formuladas soluções práticas, que indicam que um mundo melhor, mais justo e inclusivo é possível”, afirma o assessor sênior do PNUD, Haroldo Machado Filho.

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