Melhora na escolaridade feminina comprova desigualdade de gênero

Pessoas acima de 25 anos de idade, com mais de 11 anos de estudos, tiveram um aumento de 33,6% para 42,5% no nível de instrução, entre 2007 e 2014. Enquanto as mulheres representam 44,5% deste número, os homens representam 40,3%. Segundo as Estatísticas de Gênero - Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010, é visto também que entre 15 e 17 anos, houve maior quantidade de mulheres (54,7%) e menor de homens (45,3%) frequentando o ensino médio no ano de 2010.

Porém, é visto que mesmo diante desta melhora no nível de instrução feminino, elas ainda recebem 68% do salário masculino muitas vezes exercendo o mesmo cargo, além de possuir uma melhor escolaridade. O estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) -2009-, comprova que, na América Latina, as mulheres ganham 17% a menos que os homens possuindo o mesmo nível de instrução e idade.

Entre os 18 países pesquisados pelo estudo do BID, o Brasil fica entre as maiores diferenças salariais entre homens e mulheres. “As mulheres são estímulos para a economia da américa latina, diante disso, é primordial uma maior inclusão delas na tomada de decisões, liderança e negócios”, afirma o Banco Internacional de Desenvolvimento.

O Portal Empoderamento e Valorização das Mulheres, nos mostra uma diferença também no trabalho doméstico, sendo que, mulheres brancas gastam cerca de 20,4 horas semanais; mulheres negras 21,6 horas e mulheres amarelas 20,8 horas, enquanto, os homens negros, brancos, pardos, indígenas e amarelos, gastaram entre 5,2 e 5,9 horas semanais com trabalhos domésticos.

Contudo, um estudo feito pelo Dieese informa que, entre 2000 e 2014, ocorreu uma queda na desigualdade. No ano de 2000, os homens ganhavam 21,82% a mais que as mulheres, em 2003, esse número caiu para 17,05%. Já no ano de 2005, a porcentagem volta a subir, ficando em 18,29% em 2014. Esse processo ocorreu em todas as regiões metropolitanas pesquisadas.