Relatório da OMPI mostra que Brasil lidera patentes de café
O Brasil é citado no relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) como produtor que protege a propriedade intelectual para capitalizar ativos intangíveis. O país lidera em termos de patentes para o café, tanto na proteção jurídica de propriedade intelectual quanto nas marcas coletivas
Um novo relatório das Nações Unidas revela que um terço do valor dos produtos industriais vendidos em todo o mundo corresponde ao chamado “capital intangível”. Entre eles está o café brasileiro.
O Brasil é citado no relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) como produtor que protege a propriedade intelectual para capitalizar ativos intangíveis. O país lidera em termos de patentes para o café, tanto na proteção jurídica de propriedade intelectual quanto nas marcas coletivas. O estudo cita a imagem de marcas, de design e de tecnologia com maior destaque entre as cadeias de valor global.
Em 2014, cerca 5,9 trilhões de dólares foram faturados em capital intangível, que contribui duas vezes mais que edifícios, máquinas e outras formas de capital tangível para o total dos produtos manufaturados. Para a OMPI, isto reforça o “crescente papel da propriedade intelectual, que é frequentemente usada para proteger bens imateriais e a eles relacionados na economia mundial”.
Segundo o relatório, ao melhorar as capacidades de processamento do café, o Brasil concorre com nações mais desenvolvidas, que produzem o café torrado e solúvel. Assim como China e México, o país procura proteger suas patentes para invenções relacionadas ao café.
O “Relatório sobre a Propriedade Intelectual Mundial 2017: Capital Intangível em Cadeias de Valor Global” analisa o impacto da renda acumulada no trabalho, no capital tangível e no capital intangível na cadeia de valor global em todas as atividades industriais.
O impacto corresponde a um quarto do total da produção econômica global e, além do café, inclui casos como painéis solares e smartphones.
Os painéis solares passaram de produtos altamente especializados para commodities de baixo custo. Entre 2008 e 2015, os preços caíram em cerca de 80%. Fabricantes de smartphones e provedores de tecnologia dependem fortemente de patentes, marcas registadas e projetos industriais, gerando um alto retorno sobre seu capital intangível.